
Em entrevista à TV Cidade Verde nesta sexta-feira (25), o delegado Roni Silveira, coordenador da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), explicou como funcionava o esquema de vendas ilegais de terrenos em Teresina, alvo da Operação Escritura Limpa. Conforme a investigação, um grupo de corretores usava o cartório de São Pedro do Piauí para fraudar documentos usados na comercialização das propriedades localizados na zona Leste da capital.
“Identificamos os vendedores, os intermediários e até os adquirentes de má-fé, que, sabendo do que estava acontecendo, decidiam adquirir o terreno. Parte dessa documentação, produzida fraudulentamente — inclusive com a assinatura da real proprietária — foi elaborada no cartório de São Pedro do Piauí. Por isso, o tabelião foi alvo das buscas, sendo determinada a utilização de tornozeleira eletrônica e o afastamento cautelar da função pública”, explicou o delegado.
Ao Cidadeverde.com, a assessoria da Corregedoria da TJ-PI preferiu não comentar o caso por ainda está sob investigação policial.
De acordo com a autoridade policial, os criminosos usavam dois métodos para conseguir negociar os terrenos. “Algumas pessoas falsificaram os documentos com a assinatura dela, e outras falsificaram documentos se passando pelo proprietário do terreno. Então, havia duas formas de atuação: uns falsificavam os contratos de compra e venda, alegando serem os proprietários reais, e outros falsificavam documentos supostamente assinados pela real proprietária”, disse.
Fonte: cidadeverde.com