No Piauí, cinco mortes estão em investigação como suspeitas de dengue sendo: dois em Bom Jesus, um em Baixa Grande do Ribeiro, um em Floriano e um em Currais. Até esta terça-feira (28), 11 mortes causadas pela dengue foram confirmadas, quase o triplo de todo o ano de 2023, um aumento d 175%.
Amélia Costa, coordenadora de epidemiologia da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), disse que o número de mortes preocupa e alertou profissionais da saúde para sintomas de agravamento da doença e também para a realização de testes.
“Estamos percebendo que além da febre, dor no corpo, nas articulações e outros sintomas característicos da dengue, existe hoje a possibilidade de um quadro de gripe associado, diarreias e dores abdominais. Essas dores na barriga podem indicar uma complicação no quadro da dengue” ressalta Amélia Costa.
Ainda segundo a coordenadora, a realização dos exames específicos para dengue são fundamentais para ser possível mapear o tipo que circula no estado. Entre os casos fatais, foram registradas dengue do tipo 1, dos dois óbitos da capital, mas também tipo 2 entre as mortes no sul do Piauí. Entre as 11 mortes, ainda não foi possível estabelecer um perfil, sendo crianças e idosos, mas também jovens adultos.
“Pedimos aos profissionais de saúde que colham material e enviem ao Laboratório Central, o Lacen-PI, para que possamos saber qual o vírus que está circulando. Precisa também fazer a pesquisa de anticorpo. É de importância porque a literatura diz que podemos ter mais de uma vez a dengue e de fato realmente é um percentual grande e precisamos entender a causa” afirma a Amélia Costa, coordenadora de epidemiologia da Sesapi.
O pedido foi direcionado principalmente a profissionais da atenção básica, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais, da rende pública e privada. Até hoje (28), a Sesapi registrou 10.724 notificações, destes 6.465 casos confirmados de dengue, um número 97% maior do que no mesmo período do ano passado.
Foto: Arquivo/ Cidadeverde.com
Criadouros de mosquito da dengue
Ainda sobre o combate à doença, Amélia Costa alertou para o papel da população no combate aos criadouros dentro das casas. O Cidadeverde.com fez uma matéria listando 10 lugares dentro de uma residência que podem ser propício a existência de berçários para o mosquito.
Mas além da casa, a coordenadora chamou atenção para os locais públicos e pediu participação das pessoas nessa ação, esgotos com água parada, matos em calçadas próximo de casa ou ainda lixos acumulados.
“As prefeituras devem agir nessa limpeza, mas pedimos a atenção da população em ajudar onde for possível para reduzir a propagação dos criadouros” reitera.
Fonte: Cidade Verde