Um raro terremoto atingiu o Marrocos e deixou mais de duas mil pessoas mortas, além de milhares de feridos, na noite desta sexta-feira (8). Até o momento, não há registro de vítimas brasileiras. O tremor levou cerca de 15 segundos. Outro terremoto mais fraco ocorreu minutos depois.
O epicentro nas montanhas do Atlas, a sudoeste de Marrakesh, foi sacudido pelo terremoto de 6.8 na Escala Richter, foi sentido até em Portugal. O terremoto pegou os marroquinos de surpresa: é o mais forte em 120 anos. Os abalos se concentraram nas montanhas do Alto Atlas, na cidade histórica de Marrakech – uma das principais atrações turísticas do país.
O terremoto representa também um enorme baque à economia do país. Marrakesh é um dos destinos mais populares da África e recebeu, só no passado, 10 milhões de turistas estrangeiros. O governo britânico, assim com o dos Estados Unidos, pede para que os viajantes sigam as orientações das autoridades locais para decidirem se mantém os voos diante desta crise humanitária.
A Argélia, que faz fronteira com Marrocos, diz que vai reabrir o espaço aéreo para equipes de resgate depois de dois anos de um imbróglio diplomático que rompeu a relação entre as duas nações. Israel, que retomou os laços com o país africano há três anos, também ofereceu ajuda. Assim como a França e a Alemanha – que têm em seu território uma grande população de origem marroquina.
Na Índia, que reúne dezenas de chefes de estado para a cúpula do G-20, também houve repercussão. o 1º Ministro, Narendra Modi, assim como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressaram condolências pela tragédia. O mesmo fez o governo brasileiro, através de nota do Itamaraty.