A auxiliar de serviços gerais Cleidiane de Siqueira, de 34 anos, recebeu ligações e mensagens de uma família após um apelo nas redes sociais. Ela disse que está em contato com duas mulheres que se identificaram como sua irmã e sua mãe. Elas ainda moram no Piauí, na cidade de Piracuruca, 204 km ao Norte de Teresina.
“Ainda é tudo muito novo para mim, estou em contato com elas e estamos planejando uma forma de fazer o exame de DNA o mais rápido possível”, contou ela ao g1.
Rosa Machado, hoje com 54 anos, também falou ao g1 e disse que ainda guarda a certidão de nascimento da menina que foi levada da família. Segundo ela, no dia do rapto, a filha estava com a avó materna e a irmã às margens de um riacho quando dois homens e uma mulher se aproximaram de carro e levaram a menina.
Ela disse que nunca teve novamente notícias da filha, mas que sempre esperou por qualquer informação sobre a menina.
“Eu nunca perdi as esperanças, eu nem dormi essa noite, minha pressão subiu, fiquei muito nervosa, mas estou dando graças a Deus que achamos ela. Eu sei que é ela. Vamos fazer exames, ela pediu, mas no meu coração eu tenho certeza. Mãe não se engana”, disse.
Cleidiane disse que os relatos de Rosa são semelhantes com o que se lembra da época da sua infância e do dia em que foi tirada de sua família. Contudo, espera que a família possa ir até a cidade em que ela mora para os devidos exames, já que ela não pode viajar devido ao trabalho.
Apelo nas redes sociais funcionou
Cleidiane disse que após compartilhamento do apelo nas redes sociais, uma mulher que seria tia dela lembrou de quando teve uma sobrinha também chamada Cleidiane que desapareceu em circunstâncias semelhantes às que ela relatou.
Ela então conseguiu falar com as mulheres que seriam irmã e mãe de Cleidiane. Ela lembrava da família ser de Parnaíba, litoral do Piauí. A cidade fica a cerca de 90 km de distância de onde ela de fato teria sumido, conforme relato da mãe: uma localidade na zona rural de Caraúbas, no Norte do estado.
Rapto
Ao g1, a mulher relatou que, por volta dos seus quatro anos de idade, ela foi levada por um casal para Pernambuco, estado onde mora até hoje. Desde então, ela nunca mais teve contato com seus familiares.
Cleidiane mora com seu marido e seus dois filhos na Zona Rural de Iguaraci (PE). Aos 15 anos, ela teve seu primeiro filho e saiu da residência do casal que a criou. Ela contou que foi bastante maltratada ao longo da sua infância e adolescência.
Fonte: g1 Piauí