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Um macaco-prego, que vivia acorrentado com dois cadeados no quintal de uma residência, foi resgatado nesta terça-feira (11) durante uma operação no município de Esperantina, a 187 km de Teresina
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A ação foi realizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), por meio da Diretoria de Conservação da Biodiversidade (DCBio) e da Diretoria de Fiscalização, após denúncias sobre a criação ilegal de animais silvestres na região.
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De acordo com o diretor de Fiscalização da Semarh, major Dênio Marinho, o animal não tinha acesso a alimentação e passava o dia inteiro preso. O morador responsável foi autuado e deverá pagar multa.
“Era uma residência onde esse macaco estava aprisionado, sem alimentação, sem água e acorrentado com dois cadeados grandes. Ele passava dia e noite nessa situação. Diante disso, o morador foi autuado com um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) lavrado na mesma hora e ainda terá que pagar uma multa administrativa de R$ 1.000 por cada animal mantido ilegalmente”, explicou o major.
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Outros animais foram resgatados
Durante a fiscalização, as equipes também conseguiram recuperar 14 passeriformes, três papagaios-verdadeiros e dois curicas-jandaias.
O major Dênio Marinho reforçou que manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é crime e fez um alerta à população sobre a prática ilegal.
“Infelizmente, muitas pessoas ainda veem isso como um hobby, mas não é. Criar animais silvestres sem autorização dos órgãos ambientais é ilegal e pode resultar em multa e processo criminal. Se você estiver com animal em cárcece, nesse exato momento, você está passível a multa e a um processo criminal. A Semarh está atenta a essa situação e em todas as denúncias que chegam, a gente faz um compilado e solicita o apoio das policiais e vai para essas ocorrências no intuito de librar esses animais do cárcere”, destacou.
A operação faz parte da Semana de Defesa da Fauna e Flora, reforçando o compromisso dos órgãos ambientais com a proteção da biodiversidade. Os animais resgatados serão avaliados por veterinários antes de serem reintroduzidos na natureza.
Além do caráter repressivo, a ação também teve um aspecto educativo, conscientizando as comunidades locais sobre a importância da preservação da fauna silvestre. Segundo o diretor de Fiscalização, algumas pessoas chegaram a entregar voluntariamente animais silvestres que criavam em suas residências ao saberem da operação.
O secretário de Meio Ambiente, Daniel Oliveira, ressaltou a necessidade da fiscalização contínua e da conscientização da população.
“A retirada de animais silvestres do seu habitat natural compromete o equilíbrio ecológico e causa sofrimento a essas espécies. Nosso compromisso é reforçar a fiscalização e as ações educativas para que mais pessoas entendam a necessidade de preservar a biodiversidade”, afirmou o gestor.