A Constituição de 1988 garantiu o direito a cinco dias de afastamento. No final do ano passado, o Supremo Tribunal Federal deu o prazo de dezoito meses para que o Congresso regulamente o projeto de lei que prevê 75 dias de licença.
Para Karla Cerávolo, psicóloga, é um período razoável que também melhora a condição da mulher no mercado de trabalho.
“A presença do pai, essa presença de qualidade, isso vai refletir para sempre na vida desse filho. Ele está em todo o processo, participando de tudo, e isso fortalece o vínculo, para sempre.”
Na casa da família Rodrigues, o benefício ajuda na divisão igualitária das tarefas e também na nova rotina do lar. Vanessa Rodrigues Vieiro, que é gerente de assuntos regulatórios, acredita que a decisão, na prática, não serve apenas para os cuidados das crianças, mas também para equalizar a questão de gêneros no ambiente profissional.
Nas grandes empresas, a licença-paternidade estendida elimina barreiras na contratação e também na manutenção dos funcionários.
Para Viviane Besani, diretora de RH: “Já não se pode mais dizer: ‘Nossa, não vou contratar essa mulher porque ela vai sair em licença’, porque agora tanto homens quanto mulheres saem. Isso permite um olhar muito mais neutro sobre a possibilidade e a atração de talentos.
Fonte: cidadeverde.com