As polícias Civil e Militar do Piauí buscam localizar Antônio Marques Pereira da Silva, de 43 anos, suspeito de assassinar a ex-companheira Antônia Regina da Silva, de 38 anos, na noite de domingo (16), em Hugo Napoleão, 116 km ao Sul de Teresina. O homem havia sido liberado da Delegacia de Água Branca, município vizinho, horas antes do crime.
Ao g1, o comandante do Grupamento de Polícia Militar de Hugo Napoleão, sargento J. Brito, informou que o crime aconteceu na residência da vítima, no bairro Angelim, por volta das 19h40.
Horas antes do crime, na tarde de domingo, Antônia Regina da Silva buscou a Polícia Militar para denunciar o descumprimento de medidas protetivas por parte do ex-companheiro, após receber ameaças. Os policiais orientaram, então, que ela buscasse a Polícia Civil.
“Ele é conhecido por violência doméstica na cidade. Toda semana a Polícia Militar era acionada para conter alguma situação entre os dois. Muitas vezes ele só fazia ameaçar e fugia. A última prisão que efetuamos foi no dia 2 de abril, levamos ele até a delegacia, mas foi liberado na audiência de custódia. Ela possuía medida protetiva e, nessa ocasião, foi renovada”, contou o comandante.
“Ontem [16 de abril], ela nos buscou novamente, fez a denúncia. A gente mandou pro Distrito Policial, ela arrumou uma colega [pra levá-la], pegou a moto e saiu dizendo que iria. A gente pensou ‘ela vai, então vamos atrás dele logo’, fomos e prendemos ele novamente. Quando chegamos lá, ela não havia ido, não havia formalizado a denúncia, então ele foi liberado”, completou.
A suspeita é que, após ser liberado, Antônio Marques Pereira da Silva tenha ido à residência da ex-companheira. Dentro da própria casa, a mulher foi morta com uma facada no peito.
Antônia Regina da Silva chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal Senador Dirceu Mendes Arcoverde, em Água Branca, e, devido à gravidade do ferimento, precisou ser transferida para Teresina. Ela não resistiu e morreu no caminho.
“Em frente à casa, tem uma área de mata fechada. Acredito que ele ficou lá, observando ela, esperando o momento de agir. Atacou ela quando ela estava deitada em uma cama e depois fugiu, provavelmente pela mesma mata. Estamos realizando buscas desde ontem. Ontem, infelizmente, a chuva prejudicou a visibilidade na área”, concluiu o sargento J. Brito.
Procurada, a coordenadora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, delegada Bruna Verena (DEPM), destacou que a prisão por crime de ameaça pode, por lei, ser efetuado somente após autorização da vítima.
Fonte: g1 Piauí