O município de Gilbués, a 765 km de Teresina, registrou nesta quarta-feira (04) um índice alarmante de 8% de umidade relativa do ar, quase quatro vezes inferior ao limite mínimo considerado saudável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além de Gilbués, outras oito cidades do Piauí também apresentaram níveis críticos de umidade, abaixo de 15%, segundo o Instituto Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Confira os dados:
- Gilbués: 8%
- Corrente: 9%
- Alvorada do Gurguéia: 10%
- Oeiras: 12%
- Uruçuí: 12%
- Canto do Buriti: 13%
- São João do Piauí: 13%
- Castelo do Piauí: 14%
- Picos: 14%
- Paulistana: 15%
Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
A coordenadora da Sala de Monitoramento e Previsão de Eventos Climáticos Extremos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Sara Cardoso, explica que essa situação é similar à encontrada em áreas desérticas.
“O que estamos observando em municípios como Corrente, Gilbués e Santa Filomena são níveis de umidade abaixo de 10%, semelhante ao que ocorre em desertos, onde a umidade varia entre 5% e 15%”, ressalta a climatologista.
Sara Cardoso também alerta que as previsões para o trimestre indicam temperaturas acima da média e umidade relativa do ar abaixo de 20%.
“Está previsto que essas condições atmosféricas continuem, com altas temperaturas, como as já registradas em Alvorada do Gurguéia e Santa Filomena, que ultrapassaram os 39°C. Segundo as previsões trimestrais, os meses de setembro, outubro e novembro terão temperaturas acima da média, com umidade oscilando abaixo de 20%. As chuvas devem aparecer no extremo sul do Piauí a partir da segunda quinzena de outubro, com maior intensidade em novembro”, pontua.
De acordo com a OMS, uma umidade relativa do ar acima de 30% é considerada segura e confortável para a saúde humana. Quando a umidade cai abaixo desse nível, especialmente em climas secos ou durante ondas de calor, podem surgir problemas de saúde, como o ressecamento das vias respiratórias, irritação nos olhos e pele, além do aumento da concentração de poluentes no ar.
Fonte: Cidade Verde