Uma mulher, identificada como Suely Veras Machado, afirmou ao Meionorte.com que teme pela sua segurança. Isso porque em 2021 ela foi brutalmente agredida pelo próprio irmão na porta de casa, na Av. Gil Martins, zona Sul de Teresina. Desde então, ela tem três medidas protetivas contra o acusado, no entanto, o juiz permitiu que o indivíduo voltasse para o local onde ocorreu às agressões.
Conforme dona Suely, a agressão ocorreu no dia 31 de outubro de 2021, onde o acusado, Afrânio Veras Machado, pegou um bloco de concreto e jogou na cabeça dela. Ela ainda relatou que após o fato, foi levada para o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Além dele, os outros dois irmãos, Radiel e Reginaldo Veras Machado, também a ameaçaram.
“ A agressão que eu tive foi essa. Foi a primeira vez que ele me agrediu dessa forma. E os outros, Radiel, foi com uma pedra também, mas ele não chegou a atacar em mim, só ameaça. E o Reginaldo também, ameaça, calúnia e difamação, agressões verbais. Quem agrediu fisicamente foi só o Afrânio”, relatou a vítima.
Segundo ela, a confusão iniciou após a construção de um muro. Suely Veras narrou que 2017 levou a sua mãe, que estava doente, para ser tratada no Rio de Janeiro. Após três anos, em 2020, a mãe da vítima pediu para retornar a Teresina. Ela contou que o terreno em que moravam na capital piauiense era aberto, e por conta do estado de saúde e do barulho, resolveu construir um muro.
“ Minha mãe não lembrava muito das coisas, mas às vezes lembrava e ela me pediu para construir um muro, e eu fiz. Começou com esse muro. Coloquei para dividir o bar do terreno da minha mãe. Ainda hoje tem barulho aqui, até umas 4 h da manhã”, explicou Suely Veras Machado.
Ela relatou detalhadamente a agressão. “Neste mesmo ano (de 2021), eu ficava aqui sentada aqui na frente de casa conversando e tinha aquelas pedras de chão, e pegou a pedra de concreto e jogou na minha cabeça. Eu corri, saí atrás de pedir ajuda mas ninguém aqui ajudou”, disse.
Suely destacou que possui três medidas protetivas de 400 metros contra o acusado, porém o juiz flexibilizou que ele voltasse para o local das agressões.
“A pior violência é a psicológica, que fica na cabeça da gente. Eu estou sendo, estou sendo acompanhada pela Esperança Garcia. Hoje eu fui lá para falar com um jurídico, porque eu sou acompanhada da Guarda Municipal também. Essa situação é muito complicada, porque em vez de ele estar preso, ele vai voltar aqui para o lado da vítima. A protetiva diz que é 400 metros. Como é que foi flexibilizado ele voltar para cá? Eu estou do lado aqui, não tem como o judiciário fazer isso. Ele tem que assegurar a segurança da vítima não botar ela em risco. Foi o que aconteceu, ele me botou em risco”, finalizou.
Fonte: meionorte.com