O assassino em série conhecido como Pedrinho Matador foi assassinado na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Polícia Militar e pela Polícia Civil.
Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, já havia sido condenado por dezenas de assassinatos.
Segundo a polícia, Pedrinho Matador foi encontrado por volta das 10h no bairro Ponte Grande. De acordo com a tia do assassino em sério, ele estava na calçada com uma criança de colo, quando um carro preto passou atirando. A criança não foi atingida.
Em seguida, a PM foi acionada para a ocorrência e souberam que o carro preto tinha sido abandonado. Então, começaram as buscas desse veículo, encontrado posteriormente.
Pedrinho Matador já estava morto quando a polícia chegou ao local. A perícia concluiu os trabalhos e o corpo foi retirado do local. Neste momento, policiais militares estão no local onde o carro utilizado no crime foi abandonado. Ninguém foi preso.
Histórico de crimes
A primeira vítima de Pedrinho Matador foi o prefeito de Santa Rita do Sapucaí, cidade localizada no Sul de Minas Gerais, após seu pai ser demitido da prefeitura, segundo ele, “sem direito a nada”.
O assassino de sua mulher foi o segundo homicídio praticado por Pedrinho: “Estou fazendo um bem para a sociedade, limpando o mundo de covardes”, disse ele, que é a favor da pena de morte.
Em 1996, em entrevista exclusiva exibida no Fantástico, três anos antes de ser libertado e confessar que iria continuar a matar quando saísse da prisão, Pedrinho disse que matava por prazer e vingança.
Pedro Rodrigues Filho, que ficou conhecido como “Pedrinho Matador”, foi assassinado na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, de acordo com a Polícia Militar. Ele tinha 68 anos.
Rodrigues Filho foi preso pela primeira vez em 1973 e passou 42 anos na cadeia. Em uma entrevista para a revista “Época”, de 2003, Rodrigues Filho disse que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional.
O g1 procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo, que não informou, até a última atualização desta reportagem, por quantas mortes Rodrigues Filho foi condenado.
Rodrigues Filho cometeu o primeiro assassinato em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos de idade. Ele matou a tiros o então prefeito da cidade, que tinha demitido seu pai como vigia de um colégio municipal, e não parou mais.
“Simplesmente, sou um assassino, sempre fui”, disse ele em uma entrevista ao Fantástico em 1996, quando estava há quase 30 anos preso. Na ocasião, Rodrigues Filho estava há dez anos na Casa de Detenção de Taubaté, isolado. Ele já tinha matado 40 pessoas dentro da cadeia.
Na reportagem ao Fantástico, Rodrigues Filho dizia não ter arrependimentos. Entre as suas tatuagens, imagens de punhais e a frase ‘mato por prazer’.
Em 2018, já em liberdade, Rodrigues Filho criou um canal de Youtube. Ele também mantinha um perfil no TikTok. Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a sua história. O registro mais recente, publicado neste sábado (4), ele aparece jogando sinuca em um bar, com a localização de Mogi das Cruzes.
Segundo a Polícia Militar, na manhã deste domingo, por volta das 10h, dois homens passaram atirando de dentro de um carro na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande.
Logo após os disparos, os criminosos fugiram e trocaram de carro. Em seguida, segundo a PM, eles abandonaram o veículo utilizado no crime, na Estrada da Cruz do Século, e embarcaram em outro carro.
Ainda de acordo com a PM, o corpo da vítima ainda está no local. Policiais militares também estão no local onde o carro utilizado no crime foi abandonado. Até o momento, ninguém foi preso.
Fonte: G1