Um grupo de 31 trabalhadores mantidos em situação análoga à de escravos foi resgatado no final do mês de agosto em uma propriedade rural localizada na zona rural de Nazária. Entre eles, havia um adolescente.
Os trabalhadores são naturais da microrregião de Picos, e haviam sido levados há cerca de um mês. A fiscalização foi realizada pelo auditor-fiscal Robson Waldeck, do Ministério do Trabalho, o procurador do trabalho Edno Moura.
Eles foram encontrados numa situação degradante: não tinham banheiros e a parte deles dormindo ao relento, em redes armadas sob lonas de plástico. Outra parte vivia numa casa que havia no local, mas que não tinha espaço para todos.
Segundo o auditor fiscal do trabalho, Robson Waldeck, o grupo recebia apenas arroz e feijão para comer, e os preparava em fogareiros improvisados construídos no chão.
Dois deles tinham ferimentos causados por enxadas. O grupo trabalhava na extração de palha de carnaúba, mas não tinham nenhum equipamento de proteção individual (EPI).
“Eles tinham sofridos acidentes com o corte da foice. É um trabalho pesado, perigoso, principalmente se não houver equipamentos de proteção”, comentou o auditor fiscal Robson Waldeck.
Depois do resgate, o grupo recebeu parte das verbas rescisórias e as guias de seguro desemprego. O restante das verbas rescisórias será pago por meio de Termo de Ajuste de Conduta firmado com Ministério Público do Trabalho. O empregador foi autuado ainda por submeter o adolescente à situação.
Fonte: G1 Piauí