Maria é irmã de Francisco Gustavo, de 22 anos. Ele é a pessoa que foi juntamente com a criança de 11 anos até um local ermo na Vila da Conquista, bairro Nova Teresina.
Maria é irmã de Francisco Gustavo, de 22 anos. Ela é a pessoa que foi juntamente com a criança de 11 anos até um local ermo na Vila da Conquista, bairro Nova Teresina, na Zona Leste de Teresina, supostamente negociar uma motocicleta. Ainda terminou com a morte do menor de idade, assassinado com disparos de arma de fogo. O caso aconteceu na noite da última segunda-feira (31/10).
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Dois dias após o ocorrido, na tarde desta quarta-feira (02/11), Maria procurou a Redação RP50 pedindo para contar a versão de seu irmão sobre o fato. Por iniciativa própria ela gravou um vídeo relatando e o enviou à reportagem pelo Telegram.
Abaixo a transcrição na íntegra o vídeo:
“Estou aqui para falar a respeito do menino de 11 anos que morreu aqui no [bairro] Nova Teresina. No dia do acontecido eu estava na minha casa quando ele [Francisco Gustavo] chegou assustado, todo sujo e falando que tinha ido pegar uma moto, que mandaram ele ir pegar, mas também ele não me falou quem foi a pessoa que mandou ele ir pegar essa moto. E outra, meu irmão nem sabe andar de moto e muito menos a criança que andava com ele. Ele me falou que na hora que foi pegar essa moto, antes de ir, quem era pra ir não era a criança, era outra pessoa. Eu também não sei quem é essa pessoa.
Na hora que era pra essa pessoa ir, a criança se ofereceu pra ir e meu irmão dizendo que ele não ia. A mãe dessa criança, que eu tenho certeza que ela é ciente, que ela também avisou pra essa criança não ir e ele de teimoso foi, me falaram que na hora que a mãe brigou com esse menino, ele falou um palavrão pra ela antes de ir. Chegando lá mais a criança, meu irmão foi, mas não tinha chamado ele. Meu irmão ia na frente e o menino seguindo ele e meu irmão mandando ele voltar, mas aí o menino já estava com ele e ele foi.
Aí ele disse que chegou e não viu moto nessa vareda escura, não tinha carro, só viu dois rapazes mascarados, não dava pra ver de quem era a cara, já foi metendo tiro pro rumo dele e o meninozin, acho que não deu tempo ele correr, aí foi baleado. Meu irmão correu prum lado e ele correu pro outro. Aí fica o mistério do celular, da chinela e da chave, que foi encontrada com a criança. Porque quando eu fui no local, o celular se encontrava com a família do meninozin, eu não sei quem estava com o celular, mas estava com a família do menino e o chinelo do meu irmão estava dentro dos matos. Aí quando foram achar o corpo desse menino, acharam o celular, a chinela e a chave. A chave estava no bolso dele, a chinela do lado e celular, porque no momento que acharam o menino não tinha nada disso, fizeram foi colocar“.
O crime está sob investigação do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A família do garoto morto, através de sua irmã, também procurou a Redação RP50 e se comprometeu de enviar um vídeo contando a própria versão dos fatos. O espaço está inteiramente à disposição.
A suposta moto que iria ser negociada não foi localizada até o momento. O paradeiro de Gustavo é desconhecido.
Maria*, nome fictício para preservar a identidade da fonte.
Fonte: Fala Piauí