O paciente Antonio Carlos Ferreira de Oliveira, 60 anos, está na fila para realizar uma cirurgia ortopédica no Hospital Getúlio Vargas (HGV) há dois anos. Ele tem uma prótese em uma das pernas, que precisa ser trocada a cada dez anos, e desde 2022 espera ser chamado para realizar o procedimento.
A informação recebida pela família do paciente é que ele seria o primeiro na fila para realização de cirurgia de quadril. Procurado, o hospital explicou que os setores de ortopedia e dermatologia, que antes funcionavam no HGV, foram transferidos para o Hospital da Polícia Militar (HPM). Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) que informou que o Sr. Antonio Carlos, não está na fila de espera por uma cirurgia do HPM.
O aposentado mora na cidade de Parnaíba, a cerca de 350 quilômetros de Teresina, e devido à espera pela cirurgia já sente dores e tem dificuldades para caminhar.
“Eu tenho uma prótese no quadril esquerdo e a cada dez anos precisa ser feita uma revisão. Agora um dos parafusos quebrou, por isso sinto fortes dores e isso me impossibilita de andar. Estive com o médico no dia 31 de outubro no Hospital Universitário e, novamente, fui encaminhado para o HGV”, explicou.
Na última sexta-feira (8), a família do aposentado foi ao HPM em busca de informações sobre o caso, e descobriu que seu nome não consta na listagem de pacientes que aguardam cirurgia na instituição. Eles souberam, ainda, que a instituição não está realizando a cirurgia que o paciente precisa por falta de material.
De volta ao HGV, a família foi informada que o aposentado será chamado para uma nova consulta, mas não há um prazo para a convocação acontecer. Enquanto isso, ele precisa utilizar um andador para se locomover.
“Eles me disseram que as guias dos pacientes foram encaminhadas ao HPM, mas não encontramos essas guias lá, e que vou ser chamado para uma nova consulta com o cirurgião que vai assumir o meu caso. Eles me disseram, ainda, que esse material utilizado na minha cirurgia é especial e não é coberto pelo SUS, mas que o hospital comprou o material, por meio de licitação, e que agora o material chegou e os pacientes estão sendo chamados, mas não me deu um prazo e a minha situação já está bem complicada”, lamentou.
Fonte cidadeverde.com