A filha da idosa Maria de Jesus dos Santos, de 73 anos, que foi encontrada morta com as mãos e pés amarrados, na zona Norte de Teresina, concedeu entrevista à TV Antena 10 e deu detalhes sobre o crime. A mulher reforçou a hipótese de que o companheiro da vítima, identificado apenas como Francisco, seria o principal suspeito do caso.
A mulher afirmou que não gostava da presença do homem de 43 anos, e tudo isso se intensificou com o fato do filho dela, um adolescente com diagnóstico de Autismo, afirmar que não queria morrer na casa da vó. “Conhecemos ele apenas como Francisco, aparentemente, muito educado, prestativo, mas cheguei a conversar com ela e pedia para ela não levar ele para a minha casa. Até contei para ela que meu filho disse que não queria ir mais para a casa dela porque disse que não queria morrer lá. Ela disse que não estava acontecendo nada e que eu poderia continuar mandando ele para a casa dela”, disse.
Ele estaria em um relacionamento amoroso com a vítima há pelo menos cinco meses. “Eu recebi informações de que eles teriam se conhecido pela internet, mas também pode ter sido nesses forrós de idosos, que ela gostava de ir”, disse.
O esposo da filha da vítima foi quem encontrou a idosa morta no banheiro. Ela relatou que ele viu sangue no quarto. “Ele acha que tudo começou no quarto porque tinha muito sangue, e que ele apenas colocou o corpo dela no banheiro”, disse.
A Delegada Nathalia Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou que além do carro da vítima, o autor do crime levou o celular e duas TV’s da residência.
“As informações iniciais são de que ela foi encontrada seminua com os pés amarrados. Seguimos diligências e constatamos que foi levado o veículo dela, além de seu aparelho celular e duas TV’s. Paira uma suspeição (que o companheiro da vítima seja o autor do crime) já que ele não foi encontrado e, segundo familiares, eles estavam se relacionando há meses e causa estranheza ele não está presente na casa”, disse.
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De acordo com a delegada, a causa da morte ainda está sendo apurada, mas o corpo não tinha sinais de perfurações de arma de fogo. “Tinha um familiar que morava no mesmo terreno. Os familiares serão ouvidos. Tinha sinais de violência no corpo da vítima e não foi encontrado sinais de perfuração de arma de fogo”, acrescentou.
A investigação também apura se o crime foi premeditado. Sobre o relacionamento do casal, a vítima teria relatado aos vizinhos uma agressão por parte do companheiro. “Segundo relatos havia certo desconforto com a relação. Ela chegou a relatar uma violência física, isso serve de alerta para a possibilidade de ser um feminicídio. A situação financeira e a questão da idade é algo que estamos levando em consideração ”, relatou.
A família explicou à polícia que sabiam que ele trabalhava como porteiro em um condomínio, mas, segundo eles, a rotina do indivíduo não condizia com a profissão. “Os familiares sabem muito pouco em relação a ele. Ele relatou para os familiares que trabalhava como porteiro em um condomínio, mas não chegou a dizer qual. Os familiares estranhavam porque a rotina dele não era muito condizente com o que ele trabalhava”, relatou.
Fonte: Portal A10+