A comunidade autônoma de Extremadura, na Espanha, vai oferecer ajuda financeira de até 15 mil euros (R$ 93 mil reais na cotação atual) para atrair 200 nômades digitais dispostos a morar na região. O objetivo do governo é combater o despovoamento do local.
Extremadura, que é dividida em duas províncias – Cáceres e Badajoz –, tem uma das menores populações da Espanha, com pouco mais de 1 milhão de habitantes, e uma taxa de desemprego de 15,4%. A ideia é trazer estrangeiros, que trabalham remotamente e recebem salário do exterior, para movimentar a economia – já que eles irão se manter e consumir na região.
Além da ajuda financeira do governo, os nômades digitais vão usufruir de um custo de vida baixo em comparação com outras regiões espanholas. O custo de vida em Badajoz é, em média, 30% menor que o da capital da Espanha, Madrid.
O programa ainda não foi lançado oficialmente, mas o Serviço Público de Emprego de Extremadura (SEXPE) já está recebendo cadastros de interessados por meio de um formulário. A expectativa é de que o decreto seja publicado no Diário Oficial na segunda quinzena de setembro.
Como vai funcionar?
Será concedida uma ajuda de 10 mil euros (cerca de R$ 62 mil), paga em uma única parcela, para mulheres, jovens com menos de 30 anos e pessoas que se mudarem para uma localidade de Extremadura com menos de 5 mil habitantes. Eles devem trabalhar remotamente e viver por pelo menos dois anos na região.
A ajuda será de 8 mil euros (cerca de R$ 49,6 mil) para aquelas pessoas que não se enquadram em nenhum dos grupos anteriores.
Ao final dos dois anos, as pessoas da primeira categoria que optarem por ficar mais um ano receberão um adicional de 5 mil euros (cerca de R$ 31 mil), enquanto as outras receberão mais 4 mil euros (cerca de R$ 24,8 mil).
Quem pode se candidatar?
Pessoas de dentro e fora da Europa, inclusive brasileiros, podem se inscrever. No entanto, se forem estrangeiros, os nômades digitais precisam de uma autorização de residência na Espanha.
O formulário de candidatura deve ser acompanhado de um comprovante atual de residência e de um documento oficial que prove que é possível exercer o seu trabalho de forma remota.
Fonte: Cidade Verde