O número de domicílios com acesso à internet no Piauí avançou. Em 2016 apenas 54,6% dos lares piauienses estavam conectados à internet, agora, oito anos depois, a internet está presente em 88,9% de moradias do estado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios contínua (PNAD Continua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse crescimento fez com que o Brasil saísse da 26ª posição no ranking nacional, o penúltimo lugar, e passasse a ocupar o 23º lugar na classificação.
No Brasil, a média de domicílios com acesso à internet foi de 92,5% dos domicílios. As unidades da federação com as maiores proporções de domicílios com acesso à internet em 2023 foram: o Distrito Federal, com 97,4%, e o Mato Grosso do Sul, com 95,4%. Por sua vez, os menores indicadores ficaram com: o Maranhão, com 86,6%, e com o Acre, com 84,5%.
As famílias que não dispõem do serviço de internet em casa no Piauí, afirmaram aos pesquisadores os motivos para não ter acesso ao serviço. O primeiro seria o alto custo para se contratar o serviço de um provedor (34,5%) e o segundo, é o fato de a família não contar com nenhum membro que saiba fazer uso da internet (33,2%). Outros 19,9% afirmaram que não sentem necessidade de acessar à internet.
Segundo a pesquisa, o rendimento médio per capita dos domicílios que tem acesso à internet é de R$ 1.317,00. Já o rendimento per capita das moradias que não tem acesso ao serviço é de R$ 868,00.
Idosos do sexo masculino são os que menos acessam a internet
Em 2023, o menor acesso à internet registrou-se no grupo etário de 60 anos ou mais de idade, para 54% daquela parcela da população.
Quanto ao acesso da internet por sexo, a pesquisa apontou que em 2016 cerca de 48% dos homens tinham acesso à internet, tendo evoluído para 82% em 2023. As mulheres também apresentaram um incremento de acesso à internet naquele período, tendo passado de 52,2% em 2016, para 85,8% em 2023, apresentando, portanto, neste último ano, uma proporção de acesso à internet superior à dos homens em 3,8 pontos percentuais.
Considerando-se os grupos de idade, percebeu-se que todos os grupos etários apresentaram incremento no acesso à internet no período de 2016 a 2023, onde o maior aumento foi o do grupo de pessoas de 50 a 59 anos, com elevação de 52,9 pontos percentuais, tendo passado de 28% de acesso à internet em 2016, para 80.9% em 2023. O menor incremento foi no grupo etário de 14 a 19 anos, com elevação de 18,9 pontos percentuais, passando de 75,4% em 2016, para 94,3% em 2023.
Aumenta a proporção de domicílios no Piauí sem acesso à televisão
Nos últimos 8 anos, a proporção de domicílios piauienses que não tinham acesso à televisão saltou de 4,5% em 2016 para 9,4% em 2023, uma elevação de 4,9 pontos percentuais, o oitavo maior aumento entre os estados do país. No Brasil, a proporção de domicílios sem televisão saltou de 2,8% em 2016 para 5,7% em 2023. Naquele período, todas as unidades da federação apresentaram aumento na proporção de domicílios que não tinham acesso à televisão, e o estado com o maior indicador de não acesso a tv era Roraima, com 16,2% dos lares, seguido de Tocantins, com 12,6%. O estado com a menor proporção de domicílios sem televisão nos domicílios era o Rio de Janeiro, com 2,6%.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos domicílios que não tinham televisão, de R$ 1.149,00, era praticamente a metade do rendimento observado nos domicílios que tinham televisão, que era de R$ 2.262,00.
Piauí é o estado que possui a maior proporção de domicílios com televisão de tubo no país
Em 2016, no Piauí, 55,9% dos domicílios tinham apenas televisão de tubo, indicador que caiu para 18,4% dos lares em 2023. Apesar dessa redução, o estado ainda é o que possui a maior proporção de domicílios com tv de tubo no país, seguido do Rio Grande do Norte, com 13,2%. O estado com o menor indicador de domicílios exclusivamente com televisão de tubo é Santa Catarina, com 2,6%. A média observada no Brasil foi de 7,2% dos lares com televisão de tubo. São informações obtidas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.
Fonte: Cidade Verde