Condomínio funcionava como “quartel-general” e “tribunal do crime” de uma facção criminosa na Zona Sudeste de Teresina. Uma das execuções foi a de Anderson Rodrigues de Sousa, morto em abril deste ano.
Quatro suspeitos de integrarem uma facção criminosa foram presos, na manhã desta terça-feira (16), em um condomínio de kitnets que funcionava como um “quartel-general” e “tribunal do crime” do grupo, no bairro Renascença, Zona Sudeste de Teresina.
Além deles, outras seis pessoas foram presas em flagrante durante a Operação Draco 138. Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), três homens e uma mulher estavam no condomínio.
Eles são suspeitos de executarem o jovem Anderson Rodrigues de Sousa, que havia sido “condenado” à morte anteriormente no mesmo local. A morte de Anderson foi gravada e divulgada nas redes sociais.
“Esse homem pertencia à organização criminosa rival, ele foi identificado em uma festa e conduzido para o apartamento onde foi julgado e condenado à morte, sendo executado em um local próximo”, explicou o delegado.
Os suspeitos foram identificados como:
- Guilherme de Paiva Andrade Silva (Muriçoca): “disciplinador” da facção criminosa, teria conduzido a execução de Anderson;
- Leandro dos Santos Messias Barreto (Lorim): teria gravado o vídeo da execução, que foi divulgado nas redes sociais;
- Brayon Araújo Nascimento Rocha (Paulista);
- Innara Gabriella Rodrigues de Oliveira: companheira de Leandro, com quem administrava o imóvel utilizado pelo “tribunal do crime”.
A execução de Anderson foi conduzida por Guilherme e outro criminoso, Mateus Rodrigues da Cruz, morto em maio deste ano após tentar cometer um assalto em uma parada de ônibus no bairro Redonda, Zona Sudeste de Teresina.
Outra atividade realizada pela facção criminosa no condomínio de kitnets era o tráfico de drogas. No local, o Draco apreendeu mais de 250 invólucros de maconha e cocaína. Os policiais também cumpriram 23 mandados de busca e apreensão e confiscaram uma arma de fogo.
A operação Draco 138 contou com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), Batalhão de Operações Aéreas (Bopaer) e Guarda Municipal de Teresina (GCM).
Fonte: G1