O Grupamento da Polícia Militar (GPM) do município de Cajueiro da Praia, um dos principais destinos turísticos do litoral do Piauí, foi arrombado nesta terça-feira (30). Os bandidos levaram dois coletes à prova de balas que estavam no local. O GPM fica no centro do município e os dois policiais de plantão haviam sido acionados para uma ocorrência no povoado Barra Grande.
“Quando retornaram, se depararam com uma das janelas laterais do GPM arrombada e deram falta de dois coletes (à prova de balas). Quem foi, foi com o intuito de subtrair as armas, só que para não dar viagem perdida levaram os coletes”, explicou o delegado Aldely Fontineli, titular de Luís Correia, que responde também por Cajueiro da Praia.
O delegado ressaltou que o município, um dos principais destinos turísticos do estado, dobra sua população neste período de férias e só possui dois militares por plantão no serviço ostensivo.
Ela disse que de todo o policiamento que havia há 15 dias só sobrou uma viatura com dois policiais que ficam no vilarejo de Barra Grande, uma das praias mais procuradas do estado em alta temporada.
“É UM FATO QUE VAI SE REPETIR, PORQUE COMO NÃO TEM POLICIAIS NA REGIÃO, E MUITO BANDIDO DE FORA, FACCIONADO, É ALGO QUE INFELIZMENTE VAI ACONTECER CEDO OU TARDE, COM OU SEM POLICIAIS ALI DENTRO. É FATO”, AFIRMOU ALDELY.
Homicídios de Cajueiro
No mês de novembro, o município que normalmente não registra casos violentos teve dois assassinatos. As vítimas não tiveram os nomes revelados, mas teriam envolvimento com crimes como tráfico de drogas e teriam sofrido acerto de contas. Um deles foi morto no feriado de finados, no dia 02 e o outro na última quinta-feira (25).
O delegado informou ainda que as investigações dos homicídios na região estão bem adiantadas, com as autorias definidas e que já foram solicitados à Justiça a prisão de pelo menos quatro suspeitos, nos quais são aguardados os mandados.
Ele revelou ainda a dificuldade de conseguir depoimentos de vítimas que sobreviveram e testemunhas.
“O problema é que a maioria das pessoas que sobreviveram aos atentados de morte, simplesmente vão embora para Chaval (CE), Barroquinha (CE), Parnaíba (PI) e não prestam depoimentos. É um temor grande que a população está sofrendo”, disse o delegado.
Fonte: G1 PI