O Piauí vai formar 150 brigadistas para reforçar o combate a queimadas e incêndios florestais. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (31) durante o lançamento do Plano de Ação que será executado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em parceria com outras instituições como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Ibama.
Uma das ações desenvolvidas é o treinamento e aparelhamento das brigadas de incêndio nos municípios. A ideia da Semarh é formar os brigadistas ainda este ano, para dar o primeiro combate aos focos de incêndio florestal em todo o Piauí.
“A qualificação é feita pelos parceiros, entre eles a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Os kits serão entregues pela Semarh”, explicou Dênio Marinho.
O diretor de Fiscalização da Semarh, Major Dênio Marinho, adiantou que a formação de brigadistas é uma das ações do Plano da Semarh, que começou a ser preparado e pré-executado no primeiro semestre de 2023, utilizando os dados de 2022 como referência.
“A Semarh já vem se programando e agora podemos entrar, de fato, na execução das ações que planejamos”, afirmou o Major Dênio.
O avanço da fronteira agrícola na região de Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí e Gilbués tem preocupado a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), pois essa região tem concentrado o número de focos de incêndio neste primeiro semestre de 2023.
Sala de monitoramento
No próximo mês, a Semarh inaugura, na sede da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, a sala de monitoramento de eventos climáticos.
A estrutura vai usar de aparato tecnológico para acompanhar a ocorrência de queimadas, seca, chuvas, ventos e outros eventos climáticos no Piauí.
“Com essa central vamos monitorar tanto as queimadas, como a secas e outros eventos climáticos tais como chuvas intensas, torrenciais e etc. A ideia é ter esse monitoramento climático que vai guiar as ações de combate e, posteriormente, de prevenção a esses eventos”, destacou Daniel Oliveira.
Dados
Foto: Corpo de Bombeiros
O avanço no número de focos de queimadas em julho está preocupando a Semarh.
“A curva desse mês de julho foi maior que a curva do mês de julho do ano passado. Estamos bastante preocupados com os índices. Por isso estamos atuando em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Universidade Estadual do Piauí, Polícia Militar do Piauí porque os números iniciais denotam um aumento a maior do que o ano passado, que já foi muito alto”, explicou Daniel Oliveira, secretário da Semarh.
Nos últimos cinco anos, o Piauí esteve, sempre, entre os oito primeiro estados brasileiros com o maior índice de queimadas.
Segundo o secretário Daniel Oliveira, as causas são, principalmente, o uso do fogo na atividade agropastoril. “As causas são semelhantes as do ano passado. Nós temos o uso agropastoril do fogo, o aumento da área produtiva, que utiliza a queimada para limpar o solo e incidência relacionadas ao clima”, elencou o secretário.
Fonte: cidadeverde.com