A Petrobras está planejando anunciar, na próxima semana, uma redução significativa nos preços dos combustíveis praticados em suas refinarias. De acordo com fontes internas, espera-se uma redução de até R$ 0,30 no preço da gasolina, o que representa uma queda de cerca de 10% em relação ao valor atual. Além disso, o preço do diesel também deve sofrer uma redução de R$ 0,10, equivalente a aproximadamente 4%, enquanto o preço do botijão de gás poderá ser reduzido em R$ 15.
Essa proposta de redução está em fase final de estudos na Petrobras e foi discutida em uma reunião realizada no Palácio do Planalto. O encontro contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Casa Civil Rui Costa, do ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes. Vale ressaltar que, até o momento, não foi discutida uma mudança na política de preços da empresa, a qual segue a diretriz de acompanhar o mercado externo.
Segundo informações, o objetivo da Petrobras é realizar uma adequação na atual Paridade de Preços de Importação (PPI). Acredita-se que o cálculo atual esteja defasado, resultando em preços domésticos mais elevados em comparação com os valores internacionais. No entanto, é importante ressaltar que essa possível alteração na política de preços não foi discutida nesse momento, ficando em aberto a possibilidade de debate futuro.
O presidente Lula enfatizou a importância da redução nos preços dos combustíveis, uma vez que isso contribui para a diminuição da inflação. A queda na taxa inflacionária, por sua vez, poderia levar à redução das taxas de juros pelo Banco Central. Além disso, os preços dos combustíveis têm um impacto direto na popularidade do presidente, tornando essa questão ainda mais relevante para o governo.
Em março deste ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates disse que a estatal pode diminuir o preço da gasolina sempre puder vender mais barato para o consumidor brasileiro e destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma” e acrescentou que o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional.
“Não quer dizer que eu tenho que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. Não quer dizer que eu vá me afastar, me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, eu tenho que corresponder para o consumidor final. Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar”.
Fonte: Meio Norte