Um homem identificado pelas iniciais M.A.S. de 46 anos foi preso, nesta segunda-feira (3), suspeito de torturar e manter em cárcere privada sua companheira de 46 anos. Segundo a delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a vítima foi resgatada por familiares e encaminhada ao hospital, onde ficou internada em coma.
“Foi feito um registro de ocorrência no dia 21 de janeiro na Delegacia da Mulher da Zona Sudeste. A própria mãe da vítima procurou a delegada e relatou o que tinha acontecido e que ela teria se deparado com a filha amarrada e amordaçada dentro de casa, em cárcere privado. A vítima apresentava diversas lesões no corpo, com sinais de violência sexual”, explicou a delegada.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, a vítima estava com algumas costelas quebradas, o pulmão perfurado e bastante machucada. Após sua internação, a mulher voltou a morar com seu companheiro.
Conforme a delegada Nathalia, os cônjuges vivem em situação de pobreza e a única renda do casal era do trabalho como pedreiro do homem.
A prisão
O mandado de prisão preventivo foi realizado pelo 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí (5º BPM) nesta segunda-feira (3). Em fevereiro deste ano, a polícia foi até o endereço do suspeito, mas não encontrou ele e nem a vítima.
“Inicialmente, pelo que a gente entendeu, ele vai responder por estupro, tentativa de feminicídio e cárcere privado. Agora ele se encontra preso, nós vamos ter a partir da data de hoje temos 10 dias para concluir o inquérito, porque se trata do suspeito preso. E aí vamos realizar algumas outras diligências e encaminhar o procedimento à justiça”, afirmou a delegada Nathalia.
Foi somente neste mês de abril que a prisão foi efetuada. De acordo com polícia, o suspeito já havia sido processado criminalmente por violência doméstica contra uma ex-companheira no seu relacionamento anterior.
Violências
Segundo a polícia, a vítima chegou a defender o suspeito alegando ter sido a primeira vez que o companheiro havia lhe agredido. Contudo, de acordo com familiares, o casal está junto há 5 ou 6 anos e as agressões eram constantes e cada vez mais violenta, inclusive na questão de deixar a mulher trancada em casa.
Quando a mulher foi resgatada em janeiro pela sua mãe, a polícia informou ao g1 que seu cabelo estava sujo de óleo, que para os investigadores é um sinal de tentativa de feminicídio ou intimidação por meio de violência psicológica, como se o suspeito fosse atear fogo na mulher.
Segundo a delegada Nathalia, a vítima agora se encontra aos cuidados de familiares e sob medida protetiva.
Fonte: g1 Piauí