O Flamengo largou na frente do Fluminense na final do Campeonato Carioca. Neste sábado, o Rubro-Negro venceu por 2 a 0 o jogo de ida, no Maracanã, e leva a vantagem para o próximo Fla-Flu. Os grandes nomes da vitória acabaram sendo dois atletas formados em Xerém: Ayrton Lucas e Pedro, cada um com um gol. O lateral-esquerdo ainda foi o autor da assistência para o camisa 9.
Com o resultado, o Rubro-Negro pode até perder por um gol de diferença na volta que conquistará o Estadual. Já o Tricolor precisará de uma vitória por três gols de diferença para ser campeão carioca. Um triunfo do Fluminense por dois gols de diferença levará a decisão do título para os pênaltis.
O Fla-Flu decisivo será no próximo domingo, às 18h, novamente no Maracanã. Antes disso, os clubes têm compromissos pela Libertadores na quarta, dia 5. O Rubro-Negro viaja para Quito, onde estreia contra o Aucas (EQU). O Tricolor vai à Lima enfrentar o Sporting Cristal (PER).
FLUMINENSE DITA RITMO, MAS SOFRE NA CRIAÇÃO
As estratégias de Flamengo e Fluminense ficaram claras desde o primeiro apito. Pelo lado tricolor, nenhuma novidade com o time de Fernando Diniz dentro de suas características, saindo com a bola desde o goleiro com coragem e paciência. Após uma dificuldade inicial diante da marcação rubro-negra, André, Ganso e companhia logo conseguiram ditar o ritmo da partida.
Aos 10, veio a primeira e grande chance do Flu antes do intervalo. Após erro de Gerson, Jhon Arias ficou cara a cara com Santos. A primeira finalização parou no goleiro do Flamengo. No rebote, o colombiano chutou por cima do gol. Apesar da maior posse de bola, o Tricolor teve dificuldades para criar chances reais. Martinelli, aos 34, foi quem exigiu do camisa 1 rival nova intervenção. E só.
FLAMENGO RECUA E AGUARDA CONTRA-ATAQUE
Se Fernando Diniz colocou os 11 titulares esperados, Vítor Pereira fez o contrário. Na ausência de Arrascaeta, apostou em Matheus França. E foi além: deixou Gabi no banco para a entrada de Everton Cebolinha. Sem vergonha de dar campo ao Fluminense e marcar com uma linha de cinco homens, o Flamengo aguardou a chance de contra-atacar em velocidade.
Com exceção de Cebolinha e Ayrton Lucas, contudo, o Rubro-Negro foi lento. Os três zagueiros, Gerson e Thiago Maia não conseguiram fazer a transição. Mesmo assim, foi o Flamengo que terminou o primeiro tempo em cima do adversário. Pedro, aos 29, obrigou Fábio a fazer ótima defesa, enquanto França, aos 43, foi travado dentro da área por Alexsander na hora da finalização.
AYRTON LUCAS DISPARA… FLAMENGO NA FRENTE!
Diante do crescimento do rival na parte final do primeiro tempo, Diniz optou por mexer no intervalo: sacou Keno e colocou Gabriel Pirani. Não houve nem tempo da substituição ter efeito, pois o Flamengo aproveitou o que teve de melhor para abrir o placar. Em lance que começou pela direita, a bola passou pelo pivô de Pedro e pelos pés de Cebolinha até chegar em Ayrton Lucas, que disparou e entrou na área sem marcação. O chute rasteiro, cruzado, não deu qualquer chance a Fábio: 1 a 0!
PEDRO AMPLIA VANTAGEM E FLU SE PERDE!
Depois do gol, o time de Vítor Pereira, enfim, conseguiu ter o controle do jogo. Ao equilibrar a posse de bola, também diminuiu a intensidade do jogo, que foi até os 20 minutos sem maiores emoções. Então, entraram no Flamengo Everton Ribeiro, Gabigol, Vidal e Filipe Luís. A qualidade para trocar passes deu a Ayrton Lucas mais uma oportunidade de brilhar. Em mais uma arrancada, o lateral se livrou de três marcadores, foi à linha de fundo e cruzou para trás: Pedro, livre, não perdoou: 2 a 0!
Em desvantagem, o Fluminense perdeu a cabeça. Pouco depois de fazer mais uma jogadaça, Ayrton Lucas sofreu entrada dura de Samuel Xavier, que recebeu o cartão amarelo direto. Na confusão generalizada entre os times, o técnico Fernando Diniz também foi expulso. A reclamação tricolor se deu muito por conta do cartão amarelo dado a Léo Pereira, por falta em Arias em contra-ataque.
Depois das equipes se acalmarem, coube ao Flamengo ter a posse de bola, mas não ameaçou, de fato, a meta defendida por Fábio. Já o Fluminense se defendeu como pôde, reforçando o setor com Vitor Mendes, Guga e Felipe Melo. Por outro lado, praticamente abriu mão de atacar no fim de jogo.