O bancário de 39 anos suspeito de furtar R$ 1,2 milhão do Banco do Brasil da Rua Treze de Maio, no Centro de Teresina, ocupava um alto cargo no banco, era um funcionário antigo e por vezes substituía o gerente da agência, conforme o delegado Charles Pessoa, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Ele disse ainda ao g1 que o suspeito substituiu a gerente dois dias antes de fugir.
O delegado contou que a forma como o valor foi levado ainda está sob apuração. Não se sabe se ele levou a quantia de uma única vez ou se fez vários furtos.
Com ele, no Ceará, a polícia encontrou R$ 21 mil no carro em que ele tentava fugir. Na casa dele, a polícia encontrou outros R$ 20 mil. O restante do dinheiro continua desaparecido.
Conforme o delegado, por ter um alto cargo no banco e ser funcionário há muitos anos, ele dispunha de confiança e, por vezes, chegava a substituir a gerente da agência. Assim, ele tinha acesso ao cofre, o que permitiu acesso aos valores. Com ele, a polícia encontrou a chave do cofre.
Prisão
Ele foi preso nessa terça-feira (31) ao tentar fugir do Piauí. O banco percebeu a ausência do dinheiro e acionou a polícia. Inicialmente, acreditava-se que o funcionário, que não tinha ido trabalhar, pudesse ter sido vítima de sequestro.
“Logo começamos as investigações e essa possibilidade foi descartada. Soubemos que ele estava em deslocamento para o Ceará”, contou o delegado.
Após monitoramento, o homem foi localizado e preso. Conforme o delegado, a polícia também foi até a casa do funcionário e, na residência, encontrou mais uma parte do dinheiro.
Segundo Pessoa, os familiares do homem relataram que não sabiam o que estava acontecendo e acreditavam que ele estava no trabalho.
Crime de peculato
Ao ser preso, o homem declarou sofrer de problemas psicológicos. Contudo, segundo o delegado, ele deve responder pelo crime de peculato. Ele não tinha passagens anteriores pela polícia.
Previsto no código penal, o crime de peculato é caracterizado quando um agente público se apropria ou desvia algum bem, se valendo da função que ocupa, em benefício próprio ou de terceiro. A pena prevista é de prisão de 2 a 12 anos e multa.
Polícia aguarda relatório técnico
Conforme o delegado, a polícia ainda aguarda relatório técnico para saber exatamente como o furto aconteceu.
Ainda não foi possível afirmar se ele roubou a quantia toda de uma única vez ou se fez vários furtos durante algum período de tempo.
Fonte – G1