Os Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022 começam em 4 de fevereiro de 2022, mas você deveria começar a acompanhar os esportes do gelo e da neve desde agora e vamos te mostrar por quê.
A contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022 está a todo vapor, com atletas do mundo inteiro – incluindo brasileiros – lutando por vagas em 15 modalidades. Que tal já entrar no clima do inverno e acompanhar as etapas da Copa do Mundo e os torneios de classificação Olímpica?
“O esporte é muito mais do que a gente vê nos Jogos de Verão”, afirma Gustavo Longo, jornalista brasileiro fundador do Brasil Zero Grau, que comentou duas edições dos Jogos de Inverno na televisão e esteve em PyeongChang 2018.
Pegue seus esquis e patins imaginários (ou reais) e vamos lá!
Nicole Silveira, representante do Brasil no skeleton feminino.Foto: CBDG
Tem brasileiros em ação – e mais fortes que nunca
Sabemos que, quando se trata de Jogos Olímpicos, não há nada como torcer para um compatriota. O Brasil estará bem servido em Beijing 2022, provavelmente com a sua delegação mais forte da história.
O grande destaque do Time Brasil tem sido Nicole Silveira, do skeleton.
“Ela pode tentar talvez um top 10. Se for top 8 seria o melhor resultado do Brasil na história dos Jogos de Inverno”, diz Longo. Também nas pistas de gelo, a seleção masculina de bobsled está evoluindo no 4-man, e Marina Tuono deve disputar o monobob, prova que estreará em Pequim.
Na neve, Sabrina Cass representará o Brasil, após ser campeã mundial juvenil pelos EUA em 2019. “Temos a expectativa de que ela seja top 16 ou top 15, que seria muito bom”, comenta Longo. Michel Macedo, no esqui alpino, e a equipe brasileira de cross-country também podem bater recordes sul-americanos nos Jogos de Inverno.
“Chegamos em mais esportes e com maior qualidade”, afirma Longo.
Sabrina Cass passa a representar o Brasil nesta temporada no esqui estilo livre, moguls.Foto: CBDN
Tem esportes radicais antes da modinha
Gostou do skate e do surfe em Tóquio 2020? Pois saiba que os Jogos de Inverno contam com esportes radicais há muito mais tempo. O esqui estilo livre está no programa Olímpico há mais de 30 anos, e o snowboard há mais de 20.
“Assim como o skate deu muito certo, o snowboard foi um sucesso quando estreou [no programa Olímpico]”, lembra Longo.
O jornalista acredita que o Brasil pode aproveitar o sucesso no skate e no surfe para fortalecer sua presença no snowboard. “A comunidade de prancha do Brasil é muito forte. Quem pratica skate e surfe geralmente gosta de snowboard também”, comenta.
Veja o calendário do snowboard na temporada
Compilação de Snowboard | Inspired by Olympians
Tem o curling, xodó brasileiro
Como não lembrar dos memes de brasileiros simulando o curling com chaleiras, pedras de gelo e vassouras de limpeza? As piadas pararam, mas a paixão pelo ‘xadrez no gelo’ permaneceu.
“O Brasil até hoje é um dos países que mais acessa o site da World Curling”, informa Longo. “Você tem vassouras e uma pedra de 20kg que parece uma chaleira e desliza como uma pluma no gelo. Não há nenhum esporte de verão que seja parecido. É um esporte único”.
O último torneio classificatório para os Jogos de Inverno do curling começou neste domingo (5 de dezembro).
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Alguns dos melhores atletas da história do esporte estão nos Jogos de Inverno e você deveria conhecê-los.
Lenda do snowboard, o tricampeão Olímpico Shaun White (EUA) afirmou recentemente que tentará o tetra em Pequim e está lutando pela vaga. No feminino, a também americana Chloe Kim é uma das melhores da história aos 21 anos, com ouro em PyeongChang 2018, bicampeonato mundial e seis ouros em X Games.
Outro grande nome dos EUA é Mikaela Shiffrin, do esqui alpino. Ela tem três medalhas Olímpicas – dois ouros e uma prata – é hexacampeã mundial e recordista de vitórias na Copa do Mundo entre homens e mulheres.
Siga o calendário da temporada do esqui alpino
Mikaela Shiffrin (EUA), uma das maiores vencedoras da história do esqui alpino.Foto: 2021 Getty Images
Mas nem tudo se resume aos EUA. O alemão bicampeão Olímpico Francesco Friedrich é considerado o maior nome da história do bobsled, com 13 (!) ouros em Campeonatos Mundiais, e está em ação pela Copa do Mundo.
A Noruega também tem o seu ‘GOAT’: o tricampeão Olímpico Johannes Høsflot Klæbo, do esqui cross-country. Aos 25 anos, ele foi o mais jovem a vencer Copa do Mundo, Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos.
Leia mais sobre a temporada no cross-country
Tem jogadores da NHL no hóquei no gelo
Para quem curte as ligas norte-americanas, uma boa notícia: os jogadores da NHL (Liga Nacional de Hóquei) estarão de volta aos Jogos Olímpicos, após a ausência em PyeongChang 2018.
A paixão dos brasileiros pelo hóquei no gelo mostra que o brasileiro é capaz de gostar de esportes em que não faz parte na elite, segundo Longo. “Aprendemos a valorizar o esporte pelo que ele é”.
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O russo Alex Ovechkin em ação nos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014.Foto: 2014 Getty Images
Tem a patinação artística, campeã de audiência
Mistura perfeita de esporte e arte, a patinação artística agrada pessoas de todas as idades e públicos. “Mesmo antes do Brasil ter atletas no esporte, já era popular aqui por conta das pistas de gelo que eram montadas”, recorda Longo.
Porém, é inegável que os ótimos resultados de Isadora Williams (primeira sul-americana finalista Olímpica, em PyeongChang 2018) também foram importantes. “Ela teve um papel muito grande nessa popularização da patinação no Brasil”.
Em Beijing 2022, o japonês Yuzuru Hanyu pode fazer história ao se tornar o primeiro tricampeão consecutivo do individual masculino.
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Tem visuais (e roupas) espetaculares
Os esportes de inverno, acima de tudo, são lindos de se ver devido à conexão com a natureza. “É como se fosse o Tour de France (no ciclismo). É um elemento importante da transmissão. Você vê as montanhas, o por do sol maravilhoso, a neve branca”, diz Longo.
Já os atletas aproveitam o cenário deslumbrante para usar os uniformes e equipamentos mais inusitados. Alguns dos mais marcantes são Mikaela Shiffrin vestida de Capitã Marvel, o sul-coreano Yun Sung-Bin, do skeleton, com seu capacete do Homem de Ferro, e a equipe norueguesa de curling, com suas indefectíveis calças xadrez.
Equipe finlandesa de curling com seu icônico uniforme dos Jogos Olímpicos Vancouver 2010.Foto: 2010 Getty Images
Saiba tudo sobre Beijing 2022 no nosso guia.
Fonte: Olympics.com