14 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão, em uma pedreira em Mauá da Serra, no norte do Paraná, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência (MTE). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (30).
De acordo com o auditor fiscal do MTE, Edvaldo Santos da Rocha, eles utilizavam bombas caseiras para detonar as rochas, sem qualquer espécie de equipamento de proteção.
O auditor explicou ainda que os trabalhadores faziam a mistura de pólvora com salitre, carvão e enxofre, socavam em uma bomba e colocavam para explodir.
“Explodiam pedras. Precisa ter liberação do exército. Tudo era improvisado no local. Eles criavam a própria pólvora para detonar as rochas”, disse.
Conforme os relatos das vítimas, segundo o auditor, cada um precisava levar a própria ferramenta para realizar os trabalhos.
Situação degradante
Algumas das vítimas, sete, são do Piauí e outras moravam na cidade e trabalhavam quebrando pedras, sem proteção. Os trabalhadores de fora, segundo o auditor, viviam em situações insalubres.
“A situação era degradante, tanto por conta do alojamento, quanto do trabalho”, afirmou.
Parte vivia em um curral com cozinha e colchões improvisados ao lado de animais. Outra parte vivia em tendas montadas com lonas no local onde realizavam o trabalho. As vítimas trabalharam por um período de oito meses nessas condições.
Fonte: g1 Piauí